Filmes com o esporte como tema são bastante comuns. Não é muito difícil transformar uma competição em uma história de superação e/ou união e/ou reconstrução. Mesmo assim, até hoje, não assisti um filme de futebol que consiga fluir com naturalidade e deixar uma boa imagem. Enquanto futebol americano, basquete, rugby e até tênis já foram capturados com algum sucesso no cinema o futebol continua meio a margem. (talvez, a única exceção seja o filme “Linha de Passe”, do Walter Salles e da Daniela Thomas, mas o filme é menos sobre futebol e mais sobre a história da família em si. Mesmo assim, tem cenas muito bonitas, principalmente, as no meio da torcida do Corinthians (eu culpo o talento do Salles e da Thomas e não a torcida desse timinho).)
Por que isso acontece? O futebol é um jogo corrido demais e acontece em um espaço imenso. É muito complicado filmar tanta gente correndo em um espaço tão grande. Além disso, é muito mais difícil fingir saber controlar uma bola com o pé do que com a mão. O que eu quero dizer com isso? É mais fácil fazer um lançamento perfeito de 1 zilhão de jardas fake do que driblar de mentira o time inteiro com uma bola nos pés. Sempre que assisto a algum filme sobre o esporte, tenho a sensação que o craque do time e, normalmente, mocinho do filme tem a mesma ginga que um cabeça-de-área do Íbis.
Por isso, estou tão ansiosa para ver a série que a HBO produzirá sobre o futebol. Quero ver como uma produtora do calibre e qualidade da HBO vai abordar o tema. Se der errado, vai ser mais uma tentativa frustrada de abordar o tema. Se der certo, vai ser um marco (pelo menos para mim).